Santos tem decisão favorável no TAS e receberá R$ 24 milhões de Cueva e Pachuca
O Santos vai faturar R$ 24 milhões por causa da ida de Christian Cueva para o Pachuca, do México, ocorrida em 2020. O clube teve parecer favorável no julgamento realizado pelo TAS (Tribunal Arbitragel do Esporte) — os paulistas foram representados pelo advogados Cristiano Caús.
O julgamento foi sobre o recurso solicitado pelo jogador peruano e pelo Pachuca. Ele tinha três objetivos: reverter a justa causa, anular a solidariedade do clube mexicano e compensar a dívida, em razão dos descumprimentos mútuos — o Santos também não pagou o Krasnodar pela aquisição do jogador, avaliada em US$ 7 milhões (R$ 23,9 milhões à época). Inclusive, a GOAL divulgou que há uma nova dívida do clube com os russos.
O TAS entende que o atleta não tinha razão para rescindir o contrato com o Santos de forma unilateral, alegando que não houve qualquer segregação do atleta em relação aos treinamentos da equipe principal, e, mesmo se houvesse, a duração do treinamento em separado foi de apenas duas semanas, sendo insuficiente para ensejar na rescisão do contrato de trabalho.
Para definição do valor final da compensação, o CAS amortizou, do valor pago ao Krasnodar, o equivalente ao período em que o atleta jogou pelo Santos — cerca de um ano. Assim, a compensação final devida pelo atleta é de R$ 21 milhões, que, com juros de 5% ao ano desde 8 de junho de 2020, atinge a importância de R$ 24 milhões.
Procurado pela GOAL para falar sobre o processo, o advogado Cristiano Caús se manifestou: "Essa decisão é muito importante para os clubes brasileiros. Um atleta não pode quebrar seu contrato de trabalho sem motivo, somente para se transferir a um clube do exterior. Isso tem consequências! Ao Cueva e ao Pachuca, a consequência é a indenização devida ao Santos. O processo foi longo e difícil, mas felizmente a decisão foi favorável", afirmou o jurista, sócio do CCLA Advogados, escritório que representou o Santos no processo.