Por que o São Paulo continua a pagar Dani Alves mesmo após prisão?
O São Paulo mantém regularmente o pagamento de R$ 400 mil mensais a Daniel Alves, mesmo depois da prisão por violência sexual na Espanha. Mas por que o Tricolor paulista segue depositando o valor após a detenção do atleta? A GOAL apurou que o departamento jurídico não vê respaldo legal para a cessão dos repasses.
Em que pese a prisão preventiva do lateral direito de 39 anos fora do país, há receio de que o estafe do jogador acione a justiça brasileira a fim de receber o valor em caso de interrupção dos pagamentos.
O São Paulo, portanto, segue quitando os valores de normalmente e só fará uma paralisação se houver respaldo na legislação brasileira. O clube observa atentamente a situação do veterano e só mudará o acordo com aval do departamento jurídico.
A dívida do São Paulo com o jogador era avaliada em R$ 27 milhões — o contrato foi firmado pela gestão passada, de Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco. O clube dividiu o montante em 60 parcelas, entre janeiro de 2022 e dezembro de 2026.
O São Paulo entendia que a dívida a ser paga a Daniel Alves oscilava entre R$ 16 milhões e R$ 18 milhões, valores pendentes para trás. Entretanto, fontes ligadas ao clube alegam que o valor aumentou por causa de "outras modalidades e compromissos" apresentadas no contrato firmado com o jogador. A atual gestão ainda vê o vínculo assinado em agosto de 2019 como maléfico para o clube.